As redes inteligentes, ou smart grids, representam a maior transformação tecnológica do setor elétrico desde a criação das redes de distribuição. Essa tecnologia está sendo implementada por distribuidoras como Enel, Cemig, Copel e Celesc em diversas regiões do Brasil.

Smart grids são sistemas elétricos que utilizam tecnologia digital para monitorar e gerenciar o transporte de eletricidade desde a geração até o consumo. Sensores, medidores inteligentes e sistemas de automação trabalham em conjunto para otimizar a operação da rede.

Os benefícios são significativos. A detecção automática de falhas permite que a distribuidora identifique problemas antes mesmo que os clientes percebam, e muitas vezes restabeleça o serviço remotamente, sem necessidade de enviar equipes ao local.

Para os consumidores, os medidores inteligentes oferecem transparência sem precedentes. É possível acompanhar o consumo em tempo real, identificar aparelhos que gastam mais energia e ajustar hábitos para reduzir a conta de luz.

As redes inteligentes também são fundamentais para integração de energias renováveis. Com geração solar e eólica distribuída crescendo rapidamente, é necessário um sistema que gerencie fluxos bidirecionais de energia e mantenha a estabilidade da rede.

O investimento em smart grids é intenso. As distribuidoras brasileiras planejam investir mais de R$ 20 bilhões em modernização até 2030, preparando o país para o futuro da energia elétrica.